domingo, 7 de novembro de 2010

Um dia certinho !

Acordei cedo e, hoje, resolvi fazer tudo certinho.
Desci a rampa de casa, a menos de 20 km/h, tomando cuidado pra não esbarrar nas folhagens da cerca lateral. Dei sinal que dobraria à direita, saindo do meu portão e acelerei até , no máximo 40 km/h, a velocidade máxima permitida naquele trecho. Telefone celular, ao volante, nem pensar. Pode tocar à vontade que , só quando eu estiver estacionado verei quem insiste em me chamar - será que não percebem que, talvez eu esteja dirigindo e que não posso atender ? Vá entender ! Alguém buzina atrás - deve ser porque insisto em obedecer os limites de velocidade, estampados nas placas da estrada. Por que será que ninguém, raramente as respeita ? Paro bem antes de um ponto de travessia de pedestres pra que um grupo de pessoas, cruze a estrada - e as buzinas, atrás, aumentam ! Chego ao ponto de destino, após ter parado certinho em todos os sinais, respeitado todos os limites de velocidade e, sem sequer pegar no celular. Estaciono numa vaga permitida, coloco o cartão de estacionamento - de 2 horas- prevendo que levarei cerca de 1 hora e meia pra fazer o que preciso.
Após minhas voltas e terminado meus afazeres, já é perto da hora de almoço e - como esgotei o tempo máximo permitido de estacionamento, de 2 horas - tiro o carro daquela vaga e saio em busca de outra. O flanelinha que me observava e que me viu parar alguams vagas adiante, deve ter me achado "maluco", mas eu estava firme no meu propósito de , naquele dia, fazer tudo como manda o figurino, respeitando todas as leis, seguindo todas as regras, fazendo o que seria normal se todos assim agissem!
Entro na fila do almoço, - num restaurante a kg e, espero pacientemente a minha vez, quando várias pessoas, fingindo não saber onde estão , vão se chegando e furando a fila ! Peso, sento pra comer...Ao terminar, jogo o lixo, reciclável, nos locais apropriados - que nesse restaurante tinha- e me dirijo ao caixa para pagar. Como, de costume, não me dão a nota fiscal , que peço em seguida. Saio para terminar meus afazeres da tarde, e volto pro carro.O prazo de 2 horas, novamente se esgotando , mas ainda com uma folguinha. O flanelinha me pede um trocado, - que recuso em dar, explicando que já pagava pelo estacionamento, com o cartão da zona azul. Como era um de menor, pergunto se não era a hora dêle estar na escola. Foge do assunto e me diz que tem que trabalhar pra levar dinheiro pra casa. A prefeitura disponibiliza um telefone para que o serviço de assistência social venha e faça " não sei bem o quê" com menores que estejam na rua, trabalhando e/ou pedindo esmolas. A dúvida me assola, se ligo ou não !? Deixo passar o tempo e ...enquanto isso, o garôto já sumiu de vista. Ao entrar no carro, me lembro de retornar as ligações pra quem me procurava , mais cedo no dia. Faço isso, antes de colocar o carro em movimento.
Volto pra casa, subindo o morro da Lagoa, e , na descida, sou quase atropelado por vários carros que não respeitam o limite de velocidade da rodovia . " Ou a velocidade está errada ou tá todo mundo maluco, desrespeitando as placas com os limites permitidos" , pensava com meus botões. Uma viatura da polícia militar passa por nós, e, parece, não dar a mínima aos fatos! Trafegar em desacordo com os limites já parece ser uma praxe.
....( continua numa próxima postagem )

Fazia tempo que não escrevia e ...!

"...páginas em branco me esperando. Tempos soltos, vazios, perdidos à procura de linhas retas, tortas, curvas, longelíneas, esboço de um corpo de mulher, não de uma qualquer, mas da mulher amada, que , à distância me espreita, me acalenta, me acolhe e ... me ama "