terça-feira, 31 de maio de 2011

PRA AQUIETAR A ALMA

Descobri o óbvio ululante - parodiando o escritor, grande dramaturgo Nelson Rodrigues ( quem não souber o significado da palavra "ululante", entre em contato, terei o máximo prazer em explicar...!):

"Quando faço qualquer coisa, com tempo,
em tempo, sem pressa
O mundo gira mais tranquilo,
E a minh´alma se aquieta "

sábado, 28 de maio de 2011

Por que os Surfistas estão Sempre Acompanhados?

Vocês já repararam que, na grande maioria das vezes, a gente nunca vê um surfista sozinho, ainda mais se a água está fria! Ou estão com as namoradas ou com outros amigos, surfistas ou não.
E sabem por quê? Não é porque são tão populares ou carismáticos não! É uma questão de praticidade. Vocês já repararam a dificuldade que eles têm- ou qualquer um, e principalmente se não for mesmo um surfista- pra colocar e retirar suas roupas de borracha? Os chamados “Long John´s “ – alguém saberia me dizer porque essas roupas, as de corpo inteiro, têm esse “apelido” ? Será que o primeiro surfista que usou uma roupa dessas era um tal de John e era bem alto, bem comprido? Aí as pessoas , quando o viam , com essa roupa, que faz a pessoa , principalmente se já fôr alta, parecer mais alta , mais “ long” ainda , o cumprimentavam “ ...e aí Long John tudo em cima... ? “. E aí foi-se espalhando o cumprimento mesmo quando o cara não se chamava John e muito menos se era long, alto, apenas porque estava com a roupa que o “Long John” lançou! Bem se não foi esta a origem, bem que poderia ter sido !

Mas voltando ao tema, a dificuldade de vestir e, principalmente, tirar essas roupas, é realmente grande, a maior tarefa mesmo! Antigamente, então, nem se fala, pois as roupas eram bem mais pesadonas, duras, de borrachas bem grossas, ( polipropileno,-é isso mesmo(?)-, depois) e era um Deus nos acuda! Já vi amigos meus, surfistas, sendo espichados pela namorada e por um colega, pra despi-lo dessa indumentária! E mesmo as atuais, mais leves, feitas de algum composto mais light do petróleo, ainda sim dão trabalho. Eu que o diga.

Hoje mais cedo, botei o meu – ganho dos filhos pra surfar, de presente de aniversário e que nunca tinha estreado, depois de uns 2 anos- pra me aquecer e me proteger pra fazer a limpeza das minhas caixas d´água, 3 cisternas que tenho do lado de fora da casa. Uma estréia não muito nobre, confesso, que me desculpem os surfistas de verdade! Era uma tarde fria de um sábado de outono e foi a saída que achei pra me “dropar” nas minhas caixas de água, sem sentir frio. Já foi uma dose vesti-la, sozinho. Ainda mais que, como sou um surfista (?) “de –fim- de semana –de- verão-quando-não-está-ventando-e-as-ondas-estão-pequenininhas-e-não-tenho outro-programa-por-fazer”, não tenho a menor prática. Mas consegui, embora inicialmente deixando a parte de trás sem fechar o zíper, que estava emperrado! Mas que depois consegui puxar, graças a alta tecnologia da alça – comprida o suficiente pra eu, sem me contorcer muito, conseguir puxar , com algum esforço.

Bem, resolveu meu problema até agora. Ainda estou no meio da limpeza, sem sentir frio nenhum, - e olha que o sol já se foi ,por aqui – mas estou preocupado como vou tirar essa roupa, daqui a alguns minutos, quando terminar minha caída nas águas das minhas caixas, já que estou sozinho em casa- meu filho, surfista e com certa prática, está viajando, minhas filhas estão fora também- e , não acredito que terei coragem de pedir à vizinha para vir dar um pulinho aqui pra me ajudar a tirar meu “Long John”! Poderia ser acusado de assédio sexual. Melhor não arriscar!

Sem tempo de fazer ginástica facial ...?

Há muito tempo atrás, descolei um livro de ginástica facial – sim, tem ginástica pra tudo, vocês nem imaginam ...!- e comecei a fazer os exercícios recomendados, na busca da “eterna juventude” facial, ou pelo menos, na tentativa de retardar as caídas de pele, as famosinhas “pelanquinhas” do rosto! No começo, eu, todo empolgado, passava os 10 a 15 minutos logo após me levantar, fazendo as caretas recomendadas, na frente do espelho do banheiro, antes da minha “toalete matinal “ como bem recomendava o livro.

Parecia fácil, mas, pra variar, enchi o saco e logo parei e me conformei em aceitar as caidinhas das pálpebras, bochechas, a formação do papinho no pescoço, etc..

Mas, de vez em quando eu olhava pra aquele livro, em cima da prateleira do banheiro e pensava como eu não conseguia tempo , meros 15 minutos diários, pra fazer umas caretinhas e me manter mais jovem ?

Até que, um dia desses, ao dirigir pro trabalho, quando passo cerca de 20 a 30 minutos no trânsito, eureka, achei a brecha de tempo necessária pra fazer a tal ginástica facial . Dirigindo, no trânsito, com os devidos cuidados, descobri que é um bom momento pra praticar essa ginástica.
Bem, você corre o risco de ser chamado de louco(a), pra quem olha de fora, vendo você fazendo umas caretas, enquanto dirige! E dá pra fazer praticamente quase todos os exercícios. Claro que, com o carro em movimento, por favor, não tente fazer as caretas que exigem que se olhe pros lados, ou que pedem pra fechar os olhos – por razões óbvias ! Mas até estas, quando estiver parado no sinal, pode-se ensaiar. Cuidado pra não fazer aquelas que orientam pra botar a língua pra fora, quando tiver um guarda de trânsito no sinal. Ele pode pensar que você está fazendo careta pra ele, e te dar uma ordem de prisão, por desacato à autoridade!

Que tal experimentar? Em percursos a partir de 20 minutos de duração, dá pra fazer quase toda a série. E, ao chegar ao seu destino final, faça a última parte, que é um relaxamento total dos músculos da face, com os olhos fechados. Agora, com o carro bem e seguramente estacionado, pode fazer, sem perigo!

E depois não me venha dizer que não encontra tempo pra se manter, pelo menos , aparentemente, facialmente, mais jovem!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Posso viver sem os saquinhos plásticos ...?!

Passo, a partir de amanhã, dia 28 de maio de 2011 a fazer uma experiência : conseguirei viver sem trazer sacos plásticos para casa ? Isso, os famigerados sacos plásticos de supermercados, mercadinhos, padarias, lojas, etc., esses que até por lei já foram banidos e os comerciantes fingem que não sabem de nada e continuam a oferecê-los aos seus clientes. A lei diz que só podem ser usados, se fôr do tipo oxibiodegradável, mas que custando mais caro, óbvio, ainda não emplacou .
Eu já venho usando muito pouco os ditos cujos, procurando usar as minhas sacolas retornáveis , que já comprei várias, mas , muitas vezes, acabo esquecendo de levá-las comigo quando saio de casa e aí, na hora das compras, acabava trazendo mais alguns saquinhos de plástico poluente pra casa. Mas já vinha diminuído bastante a quantidade trazida, fazendo inclusive bastante reaproveitamento, reutilização. Quando reparo nas outras pessoas, fazendo suas compras, eu me vejo, muito mais vezes com minhas retornáveis e , muito de vez em quando, cruzo com algumas pessoas também com suas sacolas. Mas temos sido muito poucos. A grande maioria ainda não se deu conta que precisamos parar de usar e trazer pra casa esses saquinhos .
E pra fazer um teste, pra , talvez, me tornar um ativista contra os sacos plásticos não oxibiodegradáveis, resolvi ver como seria se eu passasse a não usar mais nenhum saco desses. A partir de hoje, me propondo a não trazer sequer mais um pra casa. No máximo vou ficar reutilizando os que ainda tenho, limpos, em casa. Ah, como vão ficar minhas lixeirinhas de casa, que “dependem “ tanto desses “ companheirozinhos” nada ecológicos, uma vez que , já há algum tempo me recuso a comprar qualquer embalagem de saco plástico? Bem, aprendi a fazer um saco de papel, e vou , então, passar a produzir mais desses em casa, a partir de folhas de jornais, revistas ,etc., só usando materiais recicláveis.
Periodicamente publicarei o andamento, os resultados dessa experiência! E já tendo em mente a próxima : sobreviverei , se começar a sair de casa, sem celular ? Essa parece-me que será mais desafiadora. Aguardemos !

quinta-feira, 26 de maio de 2011

TUDO AO MESMO TEMPO E AO MESMO TEMPO , NADA EM TEMPO! (ou "A VIDA QUANDO ENTRAMOS NOS "ENTA")

Hoje, ao me levantar, vi aquele montão de roupas empilhadas num canto do quarto e decidi – só decidi – que iria dar um jeito naquilo, separando o que estivesse sujo pra lavar, guardar o que estivesse limpo, etc.,etc., etc. .
Mas aí, a poeira que se acumulava no criado mudo, ao lado da cama, passou a me incomodar mais e comecei então, a limpá-lo, tirando a poeira dos livros que estavam ali empilhados, já quase formando um “Everest” , tal a altura da coluna que formava, os tantos livros que levo pra cabeceira da cama, achando que são importantes(?), tê-los à mão , antes de dormir – não sei de onde tirei isso?!
Bem, no processo de limpar os livros, me pego parando e lendo trechos de alguns, o que, óbvio, atrapalhou todo o processo de limpeza – e olhe que sequer cheguei a pegar na pilha de roupas, a origem desse momento de faxineiro doméstico!
Bem, me toquei que precisava- isso é, que tava com vontade de - tomar meu café da manhã e larguei tudo espalhando pelo chão do quarto, - os livros – e desci pra preparar algo pro meu desejum. No caminho, passando pela sala, antes de atingir a cozinha, liguei meus dois notebook´s – sim, tenho usado 2 ao mesmo tempo , um fica mais pra assuntos e pesquisas na Internet e o outro, mais aberto com as minhas planilhas de trabalho. Comecei a preparar algo pra comer, amassando uma banana com aveia.
Mas aí, me lembrei que tinha uma camiseta que precisava botar pra lavar logo, pra poder tirar umas manchas , e assim o fiz, deixando, inicialmente, a camiseta ensopada de Vanish, antes de colocá-la na máquina de lavar – olha o merchandising, involuntário! E nesse momento, me toquei que podia aproveitar e colocar mais roupa pra lavar também, já que ia botar a máquina de lavar pra rodar !
Subi pro quarto, pra pegar as roupas, e aí vi o bolo de livros espalhados pelo chão do quarto, ao lado da cama, numa “zorra” total! Puts, e eu levantei, pensando só em separar as roupas, jogá-las em cima da cama, pra fazer as devidas separações. Acabei começando a mexer nos livros e aí tava formada a bagunça no quarto!
Deu vontade de escrever algo, e assim larguei toda a arrumação (?), e fui pros laptops- nada “top´s “ , diga-se de passagem – escrever uma crônica que não me saia da cabeça.
Enquanto isso, a banana amassada, que tinha começado a preparar pra comer, estava ali, largada no prato, a me chamar a atenção, como a me pedir “ – por favor, me coma logo, antes que eu fique escura, por favor ...”!

Mas aí, me lembrei que tinha pego as roupas – o lote adicional pra botar pra lavar- mas não as tinha posto na máquina de lavar! Botei o sabão em pó, o amaciante e liguei a máquina – claro, com todas as roupas sujas, dentro!
Voltei pra crônica que tinha começado a escrever e de repente me toquei, que naquele momento :
- estava com 2 Laptop´s abertos , um no Facebook e outro com planilhas e uma crônica começada , abertas;
- as roupas, que pretendia arrumar, todas ainda amontoadas num canto do quarto;
- livros, todos, ainda empoeirados, espalhado pelo chão do quarto;
- café da manhã, ainda por tomar;
- este esboço de crônica rascunhado – sim, no meio dessa bagunça toda, me dei conta que toda essa situação, poderia dar uma crônica;
- roupa sendo lavada, pelo menos isso feito, ufa !

E somente por volta das 11:45 acabei de tomar o meu café, que comecei lá pelas 10 horas! E ainda bem que não coloquei um pão pra torrar, senão teria queimado, com certeza!

Será que nós todos, depois dos 40, ficamos assim?

domingo, 22 de maio de 2011

APOSTILAMANÍACO ?

Descobri que não posso ver passando ou mesmo parada alguma coisa bem encadernada, uma Apostila, ou coisa parecida. Fico logo curioso para ver do que se trata. Assim como tenho verdadeira obsessão por livros, por leituras em geral! ( como seria denominada essa mania (?) ?...apostilamania? leituramania?....aceitando sugestões).

Me toquei ( começar uma frase com um pronome oblíquo(?) é errado de acordo com a norma culta, mas certo, de acordo com a norma falada, popular , de acordo com o nosso Ministro de Educação) disso, desse fato, de ser assim tão curioso sobre Apostilas que passam pela minha frente, esses dias, ao cruzar com uma pessoa que carregava uma , super bem encadernadinha , debaixo do braço. Fiquei logo com vontade de saber de que se tratava e por pouco não fui atrás da pessoa pra perguntar...rsrs! Vocês devem imaginar a minha curiosidade quando entro numa loja, dessas de cópias, ainda mais em ambientes estudantis, vendo todas aquelas informações sendo copiadas, encadernadas. Dá vontade de arrematar tudo!

Comecei a me lembrar também de outros episódios parecidos com esse, tipo estar no saguão de um aeroporto, esperando um vôo e me sentar ao lado de uma pessoa lendo uma apostila, toda concentrada. Chego até a perguntar, algumas vezes, sobre do que se trata. Editais de concorrências, normas de congressos, trabalhos de escola, cópias de livros, matéria de concurso público, etc., e por aí vai a lista dos materiais que já andei “xeretando”.

Jogar fora, descartar uma Apostila de curso que fiz, então, nem pensar. Tenho todas guardadas (?), embora não saiba por onde andam algumas tantas. O mesmo com anotações de cursos, palestras, feitas, muitas vezes em pedaços de papel, não só em cadernos, blocos de notas. E falando em cadernos, tenho até hoje comigo, guardado(?) um , dos tempos do segundo grau, na época , chamado, o meu curso, de “científico”. Esse eu guardei porque está tão bem caligrafado, tão bonitinho que eu nem acredito que fui eu mesmo quem escreveu ( ou seria “escrevi” ?), tão feia e (quase) ilegível está a minha escrita , hoje em dia . Ainda mais, nesses tempos modernos de digitação , quando a gente, - eu pelo menos – quase não exercita a escrita à mão! ( outro dia, numa prova que me meti a fazer, tive que escrever uma redação, e , incrível a dificuldade de escrever – deu até câimbra na mão – ao passar a limpo os meus rabiscos do rascunho feito. Sim, os rabiscos, as anotações feitas sem cuidado, escrevo com facilidade, mas na hora de caprichar , escrever bonitinho para que pudesse ser lido e corrigido(?) por alguém, foi um desespero!

Bem, mas voltando a falar dessa minha obsessão ( ou seria mania? ) por Apostilas, livros, material impresso com conteúdo, vou passar a observar mais o que pode me levar a tamanho interesse(ou seria loucura?). Seria a vontade oculta(?) de tudo querer saber? De aprender tudo sobre tudo? De realizar o impossível, de me inteirar de tudo(?) que vejo escrito pela frente? De me tornar uma “enciclopédia ambulante” ? Que loucura ( ou seria só obsessão, ou mania ?) é essa ?

Aceitando sugestões, conselhos...e por que não, acompanhamento terapêutico ( grátis, trabalho voluntário,claro!) , etc. !

P.S.: essa é uma crônica de ficção e qualquer semelhança com fatos e personagens reais não é mera coincidência!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mergulho

" mergulhar no vazio , à procura do infinito ... é como tentar segurar o som da palavra não dita num quarto escuro..."