Toda vez
que venho visitar minha mãe e irmãos que moram em Campos dos Goytacazes – minha
cidade natal – não dá pra deixar fazer certas coisas:
- rodar por toda a cidade, de bicicleta, pois é toda plana,
praticamente sem subidas;
- fotografar o que ainda resta dos prédios antigos;
- visitar o mercado municipal – também, lamentavelmente,
abandonado e desfigurado pelas construções que foram permitidas fazer no seu
entorno- e andar pelos corredores da feira livre ao lado do prédio histórico principal
e depois dar uma passadinha por dentro pra relembrar como era o mercado antigamente;
- visitar o nosso querido Liceu de Humanidades de Campos e
dar um passeio pelo jardim em frente, que me remete aos tempos de escola do
ginásio e científico, viagem ao túnel do tempo garantida;
- comer um churrasquinho – antigamente no Baiano –
agora no Chá-Chá-Chá ali no final da sete de setembro ou no Sangue
Bom na Pelinca, perto da Santa Casa;
- comer as guloseimas – doces, rosquinhas, etc., - da
cidade, principalmente o bolo/doce de banana do Pão Quente, e os Chuviscos - feitos
sob encomenda – da dona Engracia, cristalizados e em calda, os melhores Chuviscos
do mundo;
- ir ver o nascer do sol na ponte da Lapa, onde o sob despeja
seus brilhos sobre o imponente Paraíba do Sul;
- ir até a foz do Paraíba do Sul – no Pontal- em Atafona, no
município vizinho de São João da Barra, praticamente no quintal de Campos (35
km), pra comer um peixe no Ricardinho e apreciar também um dos mais belos pores
do sol que já presenciei na minha vida;
- e, claro, aproveitar, dar uma esticada até a praia vizinha de
Grussaí, indo pela orla, de Atafona até Grussaí, curtindo o vento nordeste e as
belas amendoeiras que ornamentam todo o trajeto;
- e, também claro pra mim, tomar um belo banho de mar, seja
em Atafona ou em Grussaí, quem sabe até nas duas praias, pois como meu pai sempre
me dizia “ ..se você for à praia e não cair n´água e tomar um belo banho de mar, faça sol ou faça
chuva, esteja a água fria, gélida ou quente, você não pode me dizer que foi à
praia...” , ensinamento que sigo à risca, com o maior prazer, desde sempre;
- passar ali no ponto de taxi – que antigamente chamávamos
de carros de praça- da rua Sete com a Barão de Cotegipe e rever o
Zezinho, motorista de carro de praça que nos atendia quando éramos
pequenos e nosso pai ainda não tinha carro. Zezinho, hoje com 85 anos,
completou ano passado, 60 anos de “praça” e hoje, ao reencontrá-lo durante o meu
passeio matinal de bicicleta me relembrou dos tempos que nos levava para as praias,
Raposo (Estação d´Água Mineral) e pra lá e pra cá toda vez que necessário.
E, desta vez, relembrou também que começou na trabalhar na Praça exatamente
no dia em que a minha vó Morena (mãe do pai) faleceu, tendo ido ao seu funeral,
já que a avó -viúva do Seu Godofredo Cruz – era pessoa conhecida e querida na
cidade. Ou seja, isso em 1961 e, segundo ele, tendo acontecido num domingo,
fato que ainda falta confirmar. Eu, na época tinha 8 anos e me lembro bem do
dia em que minha vó – que morava conosco - faleceu. Mas não me recordo do dia da
semana.
- e por último mas não menos importante, rever os velhos amigos dos tempos de infância e adolescência..
Ou seja, uma visita à Campos é sempre uma viagem ao passado, com belas lembranças e belos passeios.
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