terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Vindo a Campos não dá pra ...


               Toda vez que venho visitar minha mãe e irmãos que moram em Campos dos Goytacazes – minha cidade natal – não dá pra deixar fazer certas coisas:

- rodar por toda a  cidade, de bicicleta, pois é toda plana, praticamente sem subidas;

- fotografar o que ainda resta dos prédios antigos;

- visitar o mercado municipal – também, lamentavelmente, abandonado e desfigurado pelas construções que foram permitidas fazer no seu entorno- e andar pelos corredores da feira livre ao lado do prédio histórico principal e depois dar uma passadinha por dentro pra relembrar como era o mercado antigamente;

- visitar o nosso querido Liceu de Humanidades de Campos e dar um passeio pelo jardim em frente, que me remete aos tempos de escola do ginásio e científico, viagem ao túnel do tempo garantida;

- comer um churrasquinho – antigamente no Baiano – agora no Chá-Chá-Chá ali no final da sete de setembro ou no Sangue Bom na Pelinca, perto da Santa Casa;

- comer as guloseimas – doces, rosquinhas, etc., - da cidade, principalmente o bolo/doce de banana do Pão Quente, e os Chuviscos - feitos sob encomenda – da dona Engracia, cristalizados e em calda, os melhores Chuviscos do mundo;

- ir ver o nascer do sol na ponte da Lapa, onde o sob despeja seus brilhos sobre o imponente Paraíba do Sul;

- ir até a foz do Paraíba do Sul – no Pontal- em Atafona, no município vizinho de São João da Barra, praticamente no quintal de Campos (35 km), pra comer um peixe no Ricardinho e apreciar também um dos mais belos pores do sol que já presenciei na minha vida;

- e, claro, aproveitar, dar uma esticada até a praia vizinha  de Grussaí, indo pela orla, de Atafona até Grussaí, curtindo o vento nordeste e as belas amendoeiras que ornamentam todo o trajeto;

- e, também claro pra mim, tomar um belo banho de mar, seja em Atafona ou em Grussaí, quem sabe até nas duas praias, pois como meu pai sempre me dizia “ ..se você for à praia e não cair n´água e  tomar um belo banho de mar, faça sol ou faça chuva, esteja a água fria, gélida ou quente, você não pode me dizer que foi à praia...” , ensinamento que sigo à risca, com o maior prazer, desde sempre;

- passar ali no ponto de taxi – que antigamente chamávamos de carros de praça- da rua Sete com a Barão de Cotegipe e rever o Zezinho, motorista de carro de praça que nos atendia quando éramos pequenos e nosso pai ainda não tinha carro. Zezinho, hoje com 85 anos, completou ano passado, 60 anos de “praça” e hoje, ao reencontrá-lo durante o meu passeio matinal de bicicleta me relembrou dos tempos que nos levava para as praias, Raposo (Estação d´Água Mineral) e pra lá e pra cá toda vez que necessário. E, desta vez, relembrou também que começou na trabalhar na Praça exatamente no dia em que a minha vó Morena (mãe do pai) faleceu, tendo ido ao seu funeral, já que a avó -viúva do Seu Godofredo Cruz – era pessoa conhecida e querida na cidade. Ou seja, isso em 1961 e, segundo ele, tendo acontecido num domingo, fato que ainda falta confirmar. Eu, na época tinha 8 anos e me lembro bem do dia em que minha vó – que morava conosco - faleceu. Mas não me recordo do dia da semana.  

- e por último mas não menos importante, rever os velhos amigos dos tempos de infância e adolescência..

   Ou seja, uma visita à Campos é sempre uma viagem ao passado, com belas lembranças e belos passeios.

 

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